domingo, 7 de agosto de 2011

A ESPERANÇA E A EDUCAÇÃO NÃO PODEM ESPERAR

Prof. Jorge Luiz Malkomes Muniz
Esta história pode ser lida no volume O Livro de Ouro da Mitologia - Editora Ediouro. Mostra como é profícua a Mitologia.
Prometeu era uma dos titãs, uma raça gigantesca, que habitou a Terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram incumbidos de fazer o homem e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias a sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu de fiscalizá-la depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de dar a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asa a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro etc. Quando, porém, chegou a vez do homem, que tinha de ser superior a todos os outros animais, Epimeteu gastara seus recursos com tanta prodigalidade que nada mais restava. Perplexo, recorreu a seu irmão Prometeu que, com a ajuda de Minerva, subiu ao céu c acendeu sua tocha no carro do sol, trazendo o fogo para o homem. Com esse dom, o homem assegurou sua superioridade sobre todos os outros animais. O fogo lhe forneceu o meio de construir as armas com que subjugou os animais e as ferramentas com que cultivou a terra; aquecer sua morada, de maneira a tornar-se relativamente independente do clima, e, finalmente, criar a arte da cunhagem das moedas, que ampliou e facilitou o comércio.
A mulher não fora ainda criada. A versão (bem absurda) e que Júpiter a fez e enviou-a a Prometeu e a seu irmão, para puni-los pela ousadia de furtar o fogo do céu, -... nesses tampos já existiam ladrões... – e ao homem, por tê-lo aceito. A primeira mulher chamava-se Pandora. Foi feita no céu e cada um dos deuses contribuiu com alguma coisa para aperfeiçoá-la... coisa que não conseguiu ... Vênus deu-lhe a beleza, Mercúrio, a persuasão, Apolo, a música etc. Assim dotada, a mulher foi mandada à terra e oferecida a Epimeteu, que de boa vontade a aceitou. Epimeteu tinha em sua casa uma caixa, na qual guardava certos artigos malignos, de que não se utilizara, ao preparar o homem para sua nova morada. Pandora foi tomada por intensa curiosidade de saber o que continha aquela caixa, e, certo dia, destampou-a para olhar. Assim, escapou e se espalhou por toda a parte uma multidão de pragas que atingiram o desgraçado homem, tais como a gota, o reumatismo e a cólica, para o corpo; e a inveja, o despeito e a vingança, para o espírito. Pandora apressou-se em colocar a tampa na caixa, mas, infelizmente, escapara todo o conteúdo da mesma, com exceção de uma única coisa, que ficara no fundo, e que era a esperança. Assim, sejam quais forem os males que nos ameacem a esperança não nos deixa inteiramente; e, enquanto a tivermos, nenhum mal nos torna inteiramente desgraçados. Uma outra versão é a de que Pandora foi mandada por Júpiter com boa intenção, a fim de agradar ao homem. O rei dos deuses entregou-lhe, como presente de casamento, uma caixa, em que cada deus colocara um bem. Pandora abriu a caixa, inadvertidamente, e todos os bens escaparam, exceto a esperança. Essa versão é sem dúvida, mais aceitável do que a primeira. Realmente, como poderia a esperança, joia tão preciosa quanto é ter sido misturada a toda a sorte de males, como na primeira versão?
Porém, como tudo na vida, a esperança pode ter outra vertente. Pode se tornar um problema, quando a ela não é estipulado um prazo. Então o que ocorre:
- Vemos a vida passar e nada fazemos. Comportamo-nos como na Educação. Muito planejamento, muita reflexão, mas poucas ações. Então... o tempo passa...passa...PASSOU!